
Justiça condena assaltante que atentou contra policial
O Tribunal do Júri do condenou a 13 anos e oito meses de prisão Carlos Alberto Gonçalves Lemes, acusado de roubo, porte ilegal de arma de fogo e ainda de tentativa de assassinato contra um policial civil, lotado na 13ª Subdivisão Policial (SDP). Os crimes aconteceram em outubro de 2008 e o réu foi julgado nesta quarta-feira, no Fórum Estadual de Ponta Grossa. O julgamento foi presidido pela juíza Letícia Lustosa e durou cerca de nove horas.
Carlos é considerado líder de uma quadrilha de ladrões de cargas e veículos. Ele e mais três integrantes do bando foram presos após o assalto a uma revendedora de veículos na cidade. A quadrilha manteve o proprietário e sua família trancados no banheiro da casa, onde foram agredidos e ameaçados por algumas horas. O filho do empresário, na época com sete anos, foi ameaçado de morte. O investigador Antônio Bressani (vítima da tentativa de homicídio) relembra que os criminosos chegaram a ameaçar atear fogo na moradia. Os bandidos roubaram dinheiro, objetos e celulares. Na época, a quadrilha teria praticado outros roubos na região.
Dois dias depois, operação conjunta das Polícias Civil e Militar, com o apoio das vítimas, conseguiu montar uma armadilha para Carlos em um posto de combustíveis, na BR-376. A abordagem policial contou com perseguição e troca de tiros. O líder da quadrilha foi baleado no joelho e preso, junto com os demais comparsas. Antes, usando um revólver calibre .38, ele atirou três vezes contra o policial Antônio Bressani, mas não o acertou.
Carlos Alberto está preso na Cadeia Pública Hildebrando de Souza e deve ser transferido para a Penitenciária Estadual de Ponta Grossa. Outro integrante da quadrilha já foi condenado pelo roubo.
O advogado de Carlos, Zaque Machado, informou ontem que está aguardando o posicionamento da família do réu para decidir se vai recorrer da decisão do júri ou não. Ele e a advogada Zélia Ferreira Bueno apresentaram a tese da negativa de autoria, que não convenceu os jurados. O acusado já responde a outro processo por homicídio, crime cometido no Rondonópolis (MT).