sábado, 30 de abril de 2011

OAB exige um basta aos escândalos na 13ª SDP


Delegadas Valéria e Araci, titular e ex-chefas, respectivamente, da 13ª SDP em confronto

Da Redação e Diário dos Campos
Foto: Divulgação

Estavam no cofre da 13ª Subdivisão Policial em Ponta Grossa 15 quilos de crack que misteriosamente desapareceram, o sumiço da droga deixa a ex-chefe da delegacia, Araci de Carmen Costa Vargas e a atual delegada chefa, Valéria Padovani, em lados opostos.

Araci garante que ao deixar o cargo no inicio de 2011 a droga estava lá, e portanto o sumiço não ocorreu em sua gestão. Já Valéria prefere aguardar o fim das investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Corregedoria Estadual da Polícia Civil para saber as circunstâncias em que o entorpecente foi trocado por parafina nas dependências da 13ª SDP.

Araci Carmen Costa, que hoje atua em Castro, diz estar tranqüila em relação às investigações por confiar plenamente em sua equipe. “Posso te garantir que isso não ocorreu durante minha gestão. Nenhum integrante da minha equipe está envolvido nisso”, enfatiza a delegada. Ela justifica sua posição baseada no Termo de Transmissão de Função, um documento composto por 249 laudas que contém a listagem de todos os equipamentos e material apreendido que foram repassados por ela para a atual delegada chefe, Valéria Padovani
Secretário de segurança pública do PR, Reinaldo de Almeida, não se posiciona sobre polêmicas e Corregedoria diz que delegados da região não podem investigar o crime

O presidente da OAM-PG, Luiz Alberto Kubaski, ressalta que afirmações da testemunha são graves
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A Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção Ponta Grossa (OAB-PG) cobra um posicionamento da Secretaria Estadual de Segurança Pública em relação aos recentes escândalos envolvendo a 13ª Subdivisão Policial (SDP). Após ter desaparecido 15 quilos de crack de dentro da delegacia, o delegado-adjunto da 13ª Subdivisão Policial, Leonardo Carneiro, é acusado de querer obter de modo ilegal a confissão de Ernesto Aparecido de Lima de que ele, a mando do policial civil José Carlos Vargas, teria furtado o entorpecente do interior da delegacia da cidade.Segundo o presidente da entidade, Luiz Alberto Kubaski, os membros da OAB estão preocupados com os recentes problemas que envolvem a delegacia. “Até janeiro não tínhamos problema algum na 13ª SDP. Ficamos oito anos sem termos notícias envolvendo escândalos na delegacia. Se nada for feito a respeito desses casos, nós vamos cobrar uma solução da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Paraná. Isso não pode ficar impune”, ressalta Kubaski.Leia a matéria na integra no JM impresso.