
Os vereadores de Ponta Grossa, a 115 km de Curitiba, votaram e aprovaram o aumento de oito cadeiras na Câmara Municipal do município nesta segunda-feira (25). Na próxima eleição, serão 23 vereadores e não mais apenas 15.
A votação, que não estava na ordem do dia, foi aprovada em segunda discussão por 11 votos contra quatro. A maioria dos vereadores não alteraram a posição deles em relação a primeira votação, que foi há duas semanas. Apenas a vereadora Alina de Almedia Cesar, que disse ter se confundido com outro projeto, desta vez, votou a favor da proposta, diferentemente da primeira discussão.
“Votei pensando que era o projeto 01 da emenda da Lei Orgânica (...)”, afirmou a vereadora que não pode alterar o voto.
A estudante Lorena Abrami acompanhava à sessão e comentou a falta de atenção. “Deixa muito claro que nem mesmo os vereadores têm noção do que eles estão fazendo aqui”, afirmou.
Depois da sessão, o presidente da Câmara Municipal, Maurício da Silva, se reuniu com o Conselho de Entidades para discutir quanto vai custar aos cofres públicos os oito novos vereadores. De acordo com o Conselho, seriam R$ 1,8 milhão por ano. O presidente discordou e disse que pretende apresentar um novo cálculo no próximo encontro

O Conselho de Entidades inicia na próxima semana a coleta de assinaturas visando à apresentação de um projeto de iniciativa popular para reverter o aumento no número de vereadores a partir da próxima legislatura. Para que isso aconteça, é necessária a adesão de aproximadamente 10,5 mil eleitores.
A ideia do projeto de iniciativa popular foi aprovada em reunião do Conselho de Entidades realizada na noite de ontem. O objetivo principal é revogar a lei aprovada em abril deste ano, que elevou de 15 para 23 o número de vereadores a partir de 2013. Além disso, será proposto também que o orçamento da Câmara Municipal seja limitado em 2% da receita corrente do Município, ao invés dos 5% atuais.
Hoje pela manhã, representantes de diversos segmentos estiveram na Câmara Municipal, falando sobre a proposta ao presidente Maurício Silva (PSB). Ele disse que a iniciativa é legítima e assegurou seu trâmite normal caso o projeto venha a ser protocolado