quinta-feira, 3 de março de 2011

Vizinhança Escolar Segura’ é lançado


REGENTE FEIJÓ’ Comandante do Bpec, tenente-coronel Dabul comandou encontro sobre o assunto

O comandante do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (Bpec), tenente-coronel Douglas Sabatini Dabul, lançou ontem, em Ponta Grossa, o projeto ‘Vizinhança Escolar Segura’. A primeira reunião da campanha, que é o tema de trabalho do Bpec para 2011, aconteceu no Colégio Estadual Regente Feijó, um dos maiores da cidade com 2,8 mil alunos, e reuniu comerciantes e moradores do entorno da instituição, além de professores. Nos próximos dias, a Patrulha Escolar promoverá encontros nos demais estabelecimentos de ensino do município.

“Esta temática trata da importância da participação de todos, principalmente no que diz respeito à segurança no entorno das escolas, que também é responsabilidade da comunidade, a qual deve ser parceira no repasse de informações e cuidados ao nosso bem maior, os jovens”, afirmou Dabul.

De acordo com o comandante da PEC em Ponta Grossa, Saulo Vinícius Hladyszwski, aproximadamente 50 pessoas foram convidadas a participar da reunião de ontem, entretanto pouca gente compareceu. “Mas nós não vamos descansar. Vamos refazer o convite, promover novos encontros para multiplicar as informações”, avisa.

Alguns participantes manifestaram-se e ressaltaram que um dos grandes problemas para os alunos e professores do ‘Regente Feijó’ é a falta de policiamento na Praça Barão do Rio Branco, que fica em frente à escola. “A gente vê traficantes passando drogas para adolescentes e tem horários em que não dá para passar”, disse um morador.

Para a diretora do colégio, Cleosy Santos, o encontro desta terça-feira, mesmo com poucas pessoas, foi importante. “Acredito que vai dar resultado”, aposta, acrescentando que “nos dias de hoje não tem mais como a escola trabalhar sem o apoio da Patrulha Escolar”.

Dabul destacou a necessidade manter os vizinhos e os comerciantes em alerta para impedir a venda de bebidas e cigarros para os alunos.

1º BPM faz megaoperação para reduzir criminalidade


VERIFICAÇÃO Bloqueios em vias são uma das ações realizadas para comemorar o aniversário da unidade

O 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM) comemorou ontem 111 anos de existência e, para lembrar a data, o comando deflagrou a Operação 1º de Março. A força-tarefa, que fez aumentar em quatro vezes o número de policiais nas ruas de Ponta Grossa, começou às 10h10 desta terça-feira e termina nesta manhã.

“O que queremos é baixar o número de ocorrências durante estas 24 horas da megaoperação”, disse o comandante do 1º BPM, tenente-coronel Milton Isack Fadel Junior, que também participou efetivamente das ações nas ruas. No fim da tarde de ontem, ele comentou que o número de ligações ao 190 – Emergência caiu muito em relação aos dias anteriores. “Isso pode ser influência da operação que estamos fazendo”, observou. O balanço final da força-tarefa será divulgado hoje.

A PM está realizando bloqueios em vias, arrastões em bairros, policiamentos a pé e patrulhamentos. Policiais tiveram férias interrompidas e as folgas foram suspensas para que todo o efetivo do Batalhão participasse da força-tarefa. Além deles, também foram convocados PMs que atuam em outras cidades que integram a unidade.

Uma cerimônia, na mnhã de ontem, também marcou o aniversário do 1º BPM. Quatro policiais foram homenageados por serviços prestados recentemente. O sargento Valter Ferreira e o soldado Edinei Brandão foram lembrados em virtude de uma ocorrência atendida em setembro do ano passado. Eles apoiaram outras equipes que davam atendimento a uma ocorrência de roubo e sequestro, em Castro, e obtiveram êxito durante as buscas para encontrar o taxista Ricardo Maciel da Silva, que estava até então desaparecido. Ele foi encontrado pelos militares em um precipício de aproximadamente 25 metros, na estrada rural de acesso à Represa de Alagados. O taxista havia sido atingido por golpe de faca e pauladas e estava sem condições de solicitar socorro, correndo risco de morte; porém, devido ao resgate e pronto-atendimento feito pelos policiais, hoje está vivo. O taxista compareceu à solenidade.

Já os soldados Reginaldo Rossi e Marcio Aparecido Custódio prenderam no último dia 23 quatro homens que se utilizavam de motocicleta e armas de fogo e vinham cometendo uma série de roubos a pessoas. Segundo o tenente-coronel, foi graças ao empenho destes policiais que a quadrilha foi desmantelada.



Traficantes acabam presos
Durante a Operação 1º de Março, por volta do meio-dia, policiais que realizavam um bloqueio perto do campus da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) prenderam dois homens por tráfico de drogas. O delegado Marcus Vinícius Sebastião, do 2º Distrito Policial, contou que os PMs abordaram uma moto com dois ocupantes. Com Marcos Fernando Machado da Silva, 21 anos, que estava na garupa, foram encontrados 26 gramas de crack. “A droga estava na cueca dele”, revelou o delegado. A motocicleta pertencia a Marcos e quem a conduzia era Paulo Ricardo Conceição Machado, 32.

Em seguida, os policiais foram até a casa de Marcos, na Vila Rubini II, e encontraram materiais usados na confecção das pedras de crack. Testemunhas ouvidas pelo delegado disseram que ele havia comprado R$ 300 em drogas para revender e pagar a moto. Os dois já tinham passagem por porte de arma de fogo.

Para lavrar o flagrante, Sebastião também levou em conta as diversas denúncias que chegaram até a polícia de que na casa de Marcos funcionava um ponto de tráfico de drogas.


Publicado em: 02/03/2011

Fogo destrói 40% de escola em Castro


PREJUÍZO Incêndio atingiu salas de aula, laboratórios e biblioteca

O vice-governador e secretário de Estado da Educação, Flávio Arns, a convite do prefeito de Castro, Moacyr Elias Fadel Junior, visitou ontem os escombros de parte do Colégio Estadual Irmãos Antonio e Marcos Cavanis, atingido por um incêndio na noite de segunda-feira. O secretário e o prefeito garantiram que a escola terá uma nova sede a partir de 2012. “Vamos construir uma escola nova em parceria com a Prefeitura e o projeto será discutido pela comunidade escolar. Neste momento, o mais importante é que ninguém se machucou e peço a colaboração de todos para resolvermos a situação. Quanto ao atual prédio, faremos uma reforma na parte que não foi atingida e a recuperação da parte que foi queimada”, afirmou Arns.

A chefe regional do Núcleo de Educação, Maria Izabel Vieira, decidiu antecipar em duas semanas as férias de julho, e nesse tempo, serão definidos novos locais para acomodar os 950 alunos divididos em 24 turmas do ensino fundamental e médio. “O calendário escolar será reorganizado e já estamos vendo espaços alternativos para instalar os alunos. Temos o apoio da Prefeitura para o transporte escolar quando estendermos as aulas no mês de julho e dezembro”.

A diretora do colégio, Gilma Maria Carneiro de Paula disse que os alunos serão avisados através da rádio do reinício das aulas e dos locais onde irão estudar.

O incêndio no prédio que abriga o colégio iniciou por volta das 19h30. As chamas atingiram 40% do imóvel e destruíram seis salas de aulas, laboratórios de informática e ciências, biblioteca e salas administrativas. O comandante da 2ª Secção de Bombeiros, tenente Bruno Fidalgo, destacou que o fogo foi controlado em três horas. “As operações de combate às chamas e de rescaldo foram realizadas com uso aproximado de 50 mil litros de água e efetivo de 15 bombeiros, de Castro, Carambeí e Ponta Grossa”, disse. A principal suspeita é de que um curto-circuito tenha provocado o incêndio.

Incêndio atinge lanchoneteO fogo também destruiu parte de uma lanchonete, localizada na Avenida Vicente Machado, no Centro de Ponta Grossa. Os bombeiros foram acionados às 7h30 de ontem para controlar as chamas, que ameaçavam se espalhar aos imóveis vizinhos. Dos 420 metros quadrados de área, 80 foram atingidos. Segundo o Corpo de Bombeiros, vários objetos da cozinha foram destruídos. Ninguém se feriu.
Publicado em: 02/03/2011

TRÁFICO Policial mostra a droga que estava com Maicon Douglas Pereira e Luiz Fabiano Carvalho

Terminou às 10 horas de ontem a Operação 1º de Março, deflagrada pelo 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM), para reprimir o crime e aumentar a sensação de segurança em Ponta Grossa. A força-tarefa durou 24 horas e trouxe alguns resultados positivos como a apreensão de 584 pedras de crack e a prisão de quatro traficantes. Outras quatro pessoas foram autuadas em termo circunstanciado.

Dia e noite, policiais estiveram nas ruas fazendo blitze, bloqueios, arrastões e abordagens. Segundo o balanço divulgado nesta quarta-feira pela relações-públicas do 1º BPM, tenente Natália Marangoni, a força-tarefa abordou dez bares e 1.070 pessoas, vistoriou 845 veículos e 144 notificações foram lavradas. A ação resultou na apreensão de 30 veículos (23 motocicletas e sete automóveis).

Logo no início da operação, por volta do meio-dia de terça-feira, dois homens foram presos perto do campus da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Eles ocupavam uma motocicleta abordada em um bloqueio montado na Avenida General Carlos Cavalcanti. Um deles portava 26 gramas de crack na cueca. Marcos Fernando Machado da Silva, 21 anos, e Paulo Ricardo Conceição Machado, 32, foram autuados em flagrante.

Às 20h15 de terça, outras duas pessoas foram detidas durante uma blitze da PM, na rotatória da Avenida Visconde de Taunay, no Bairro da Ronda. Assim como os dois detidos anteriormente, elas também estavam em uma moto. O passageiro Maicon Douglas Pereira, 18, conhecido por Tanaka, carregava duas pedras de crack envoltas em um plástico. A droga pesou cerca de 115 gramas.

Aos policiais, ele disse que pegou a droga na área central e estava levando para a uma pessoa que o aguardava em um posto de combustíveis. Tanaka e o piloto da moto, Luiz Fabiano Carvalho, 35, foram encaminhados à 13ª Subdivisão Policial (SDP) e autuados em flagrante por tráfico de drogas.Publicado em: 03/03/2011

MP reconhece que Ponta Grossa precisa de Gaeco


MOVIMENTO Para Henrique Henneberg, Gaeco deve combater, entre outros, crimes do ‘colarinho branco’

Mesmo sendo a quarta maior cidade do Pa­raná, com mais de 310 mil habitantes, segundo o Censo 2010, Ponta Grossa ainda não conta com uma unidade do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que é referência nas apurações de diversos crimes, inclusive os que envolvem policiais. Hoje, o Gaeco está em sete municípios paranaenses: Curitiba, Londrina, Foz do Iguaçu, Cascavel, Gua­rapuava, Guaíra e Maringá.

Em entrevista ao Diário dos Campos, o coordenador estadual dos Gaecos, o promotor de Justiça Leonir Batisti, reconhece que a cidade precisa contar com esse Grupo.

“Estudos apontam a necessidade da criação de uma unidade do Gaeco em Ponta Grossa, porém, ainda não existe previsão para a implantação do Grupo na cidade, já que a criação de novas unidades depende da institucionalização do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado por parte do governo do Estado”, disse. Ou seja, o governador Beto Richa precisa editar um decreto que institucionalize e regulamente o Grupo.

O Ministério Público do Paraná propôs uma minuta à Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), no início do mês de fevereiro, e está aguardando definição do Executivo. Só a partir desta institucionalização é que se pensará em criar novas unidades do Gaeco.

Na última vez em que o secretário da Segurança, Reinaldo de Almeida César Sobrinho, esteve em Ponta Grossa, há um mês, foi questionado pela reportagem do DC sobre o assunto. Na ocasião, ele disse que a proposta de criação de um Gaeco no município não tinha sido tratada, mas aprovou a ideia e a apresentaria à Procuradoria de Justiça do Paraná. A assessoria de imprensa da Sesp, por sua vez, declarou, dias atrás, que não tem informações sobre o assunto.

O coordenador do Movi­men­to Campos Gerais de Igual para Igual, advogado Henrique Henneberg, considera “importantíssima” a implantação do Grupo em Ponta Grossa. “É preciso ter alguém por trás, pensando, planejando, elaborando estratégias para combater o crime de ‘colarinho branco’”, comenta, acrescentando que a rotina dos policiais absorve o tempo de investigação, até por falta de efetivo. “Vou levar essa proposta para que o Movimento passe a cobrar”, garante.

Conheça a função do Grupo
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado é um órgão que se destina à investigação e combate ao crime organizado e controle externo da atividade policial, promovendo as ações penais pertinentes. É composto por membros do Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Militar designados e integrados em Grupo. Ele foi criado em 1994, com o nome de Promotoria de Investigação Criminal (PIC). A adoção do nome Gaeco e a implantação dos Grupos regionais aconteceram em 2007. Entre as ações mais recentes promovidas pela equipe, está o desmantelamento de uma quadrilha, integrada inclusive por policiais, que forjava boletins de ocorrência para desviar cargas, em Guarapuava, no mês passado.Publicado em: 03/03/2011 -