quarta-feira, 7 de julho de 2010

PPS pede afastamento de Nelson Justus



O deputado Marcelo Rangel, líder do PPS na Assembleia Legislativa apresentou hoje o documento assinado pelos outros dois deputados do partido, Douglas Fabrício e Felipe Lucas, a posição oficial da representação política sobre as denúncias que tomaram conta do noticiário nas últimas semanas.
A decisão unânime dos representantes do partido sugere seis itens básicos que vão desde o afastamento do presidente Nelson Justus para a apuração dos fatos até a contratação de uma instituição isenta, como a Fundação Getúlio Vargas.
O documento foi redigido depois de vários debates realizados no último fim de semana durante reunião do partido no Hotel Caravelle, em Curitiba. Várias dessas conclusões, senão a totalidade, já vinham sendo anunciadas por Rangel durante suas manifestações anteriores na Tribuna da Assembleia.
Leia o documento na íntegra:


Sr Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas.



Venho até esta tribuna cumprir a tarefa de comunicar a posição oficial da bancada do PPS acerca da crise instalada nesta Casa em virtude dos fatos amplamente divulgados pela imprensa, sob a rubrica geral de “Diários Secretos”.



Todos os três integrantes da bancada do PPS – o Deputado Marcelo Rangel, o Deputado Douglas Fabrício e o Deputado Felipe Lucas - somos, por coincidência, deputados de primeiro mandato. E ao longo destes últimos 3 anos obtivemos alguma experiência parlamentar , mas o impacto das notícias, a sua extensão, os quase inacreditáveis desdobramentos e, sobretudo, ausência de respostas precisas, nos levou a refletir sobre a nossa conduta e posicionamento diante desses tristes episódios.



Levamos essa inquietação às bases do nosso partido. Por iniciativa dos 3 deputados do PPS, dividimos com cada militante a responsabilidade de encontrar um caminho que seja capaz de resgatar a respeitabilidade da instituição, junto à qual, temos a honra de representar o povo do Paraná.


Buscamos essa decisão na experiência de nossas lideranças, assim como, no inconformismo dos mais novos, ouvindo o clamor das ruas e às manifestações dos mais representativos organismos da sociedade.



Tudo isso nos conduz a uma irrevogável decisão:



É imperativo subscrever e apoiar a decisão do partido tomada nos primeiros dias após o surgimento das denúncias. Os deputados da bancada do PPS Felipe Lucas, Douglas Fabrício e Marcelo Rangel registram e cobram:



1- Respostas imediatas e acompanhamento do processo de investigação promovido pela sindicância interna instaurada na Assembleia Legislativa do Paraná;



2 - Apresentação pública e periódica de relatórios e conclusões desta atual sindicância;



3 - Auditorias externas promovidas por instituição isenta e de notória credibilidade no Brasil, como a Fundação Getulio Vargas;



4 - Auxilio e transparência na busca de informações públicas a qualquer cidadão ou entidade;



5 - Acolhimento a Liberdade de manifestação e expressão promovida por movimentos sociais e a sociedade civil organizada, desde que, legitimadas por ações pacíficas, ordeiras e republicanas;



6 – Apoio ao trabalho independente e livre do Ministério Público, e da Polícia Federal.



Por fim, a bancada dos deputados do PPS pede, que em um ato de grandeza e transparência, Excelentíssimo Sr. Dep. Nelson Justus abra mão da investidura do cargo de Presidente da Assembleia Legislativa, para que esta instituição reencontre o trilho da normalidade.



Acrescenta-se, que pelo ato de afastamento não haja a presunção de julgamento e culpabilidade, mas que se proceda, a investigação pontual e respeitei-se a ampla defesa, com divulgação, correção e ações para reparar possíveis erros.



Punições precisam ser exemplares para o resgate da imagem e credibilidade da instituição legitimamente constituída.



Àqueles que diferem da nossa opinião, apelamos à sensatez, ao espírito público e ao bom debate para que se compreenda e aceitem essa determinação em conjunto.



O poder legislativo constitui-se em um dos maiores patrimônios da democracia.



Esta casa representa a todos os cidadãos paranaenses, e por isso precisa ser, por atos de dignidade e coragem, defendida e respeitada.



Esta é a nossa posição. deixe comentario

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