
MOVIMENTO Para Henrique Henneberg, Gaeco deve combater, entre outros, crimes do ‘colarinho branco’
Mesmo sendo a quarta maior cidade do Paraná, com mais de 310 mil habitantes, segundo o Censo 2010, Ponta Grossa ainda não conta com uma unidade do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que é referência nas apurações de diversos crimes, inclusive os que envolvem policiais. Hoje, o Gaeco está em sete municípios paranaenses: Curitiba, Londrina, Foz do Iguaçu, Cascavel, Guarapuava, Guaíra e Maringá.
Em entrevista ao Diário dos Campos, o coordenador estadual dos Gaecos, o promotor de Justiça Leonir Batisti, reconhece que a cidade precisa contar com esse Grupo.
“Estudos apontam a necessidade da criação de uma unidade do Gaeco em Ponta Grossa, porém, ainda não existe previsão para a implantação do Grupo na cidade, já que a criação de novas unidades depende da institucionalização do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado por parte do governo do Estado”, disse. Ou seja, o governador Beto Richa precisa editar um decreto que institucionalize e regulamente o Grupo.
O Ministério Público do Paraná propôs uma minuta à Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), no início do mês de fevereiro, e está aguardando definição do Executivo. Só a partir desta institucionalização é que se pensará em criar novas unidades do Gaeco.
Na última vez em que o secretário da Segurança, Reinaldo de Almeida César Sobrinho, esteve em Ponta Grossa, há um mês, foi questionado pela reportagem do DC sobre o assunto. Na ocasião, ele disse que a proposta de criação de um Gaeco no município não tinha sido tratada, mas aprovou a ideia e a apresentaria à Procuradoria de Justiça do Paraná. A assessoria de imprensa da Sesp, por sua vez, declarou, dias atrás, que não tem informações sobre o assunto.
O coordenador do Movimento Campos Gerais de Igual para Igual, advogado Henrique Henneberg, considera “importantíssima” a implantação do Grupo em Ponta Grossa. “É preciso ter alguém por trás, pensando, planejando, elaborando estratégias para combater o crime de ‘colarinho branco’”, comenta, acrescentando que a rotina dos policiais absorve o tempo de investigação, até por falta de efetivo. “Vou levar essa proposta para que o Movimento passe a cobrar”, garante.
Conheça a função do Grupo
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado é um órgão que se destina à investigação e combate ao crime organizado e controle externo da atividade policial, promovendo as ações penais pertinentes. É composto por membros do Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Militar designados e integrados em Grupo. Ele foi criado em 1994, com o nome de Promotoria de Investigação Criminal (PIC). A adoção do nome Gaeco e a implantação dos Grupos regionais aconteceram em 2007. Entre as ações mais recentes promovidas pela equipe, está o desmantelamento de uma quadrilha, integrada inclusive por policiais, que forjava boletins de ocorrência para desviar cargas, em Guarapuava, no mês passado.Publicado em: 03/03/2011 -
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