
O taxista Antônio Nelson Justino de Oliveira, 56 anos, foi assaltado por volta das 3h30 de ontem, quando fazia ponto na Praça Curitiba, Bairro Nova Rússia. “Eu estava dentro da guarita quando os dois assaltantes chegaram. Eles entraram, foram bastante violentos, destruíram o telefone fixo”, relatou. Segundo Oliveira, os bandidos – um deles armado – primeiro pediram a chave do Volkswagen Voyage, mas a vítima não quis entregar. Diante dessa reação, o criminoso que segurava o revólver bateu com a coronha na mão do taxista. “Aí eu vi que era um revólver de verdade e resolvi entregar a chave”.
Os bandidos fugiram em direção a Curitiba e, no caminho, assaltaram um posto de combustíveis. “Primeiro, eles tomaram um café e depois voltaram para comprar outras bebidas. Foi nesse momento que mostraram a arma e pediram o dinheiro. Os assaltantes roubaram R$ 540 e mais dois celulares”, conta o proprietário do estabelecimento, Alexandro Wendleng.
Assim que o taxista foi assaltado, a Polícia Militar começou a perseguir os criminosos e acionou as demais forças de segurança da região. Já em Campo Largo, município próximo a Curitiba, a PM montou um bloqueio na rodovia com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Ao se deparar com a polícia, Gilmar decidiu se render, mas o comparsa dele, identificado (até a tarde de ontem) apenas como Roni, preferiu atirar. No confronto, ele acabou morto. O corpo foi recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML) da capital.
Gilmar confessou os assaltos cometidos na madrugada de ontem e contou que tanto ele quanto seu parceiro são de Curitiba e vieram para Ponta Grossa, na quarta-feira, para visitar familiares de Roni, que tiveram a casa queimada. No entanto, de acordo com a polícia, para vir até a cidade dos Campos Gerais, os tomaram de assalto um GM Astra, em Curitiba, na madrugada daquele dia.
Este veículo foi encontrado ontem de manhã, abandonado, na Vila Dalabona. Segundo a polícia, o carro enguiçou e por isso os assaltantes resolveram roubar o táxi. Existe a suspeita de que a ideia deles era permanecer em Ponta Grossa para cometer outros crimes.
FlagranteO delegado Maurício Souza da Luz, da Seção de Furtos e Roubos da 13ª Subdivisão Policial (SDP), explica que Gilmar da Silva Miranda foi autuado em flagrante por roubo, na manhã de ontem, em Campo Largo. “A prisão foi lá, mas, logo após a lavratura do flagrante, ele foi encaminhado imediatamente para cá [Ponta Grossa] porque os crimes foram cometidos aqui”, afirma. A arma usada nos assaltos, um revólver calibre 38, foi apreendido. O assaltante, o táxi e a arma foram levados para a 13ª SDP.
Na tarde desta quinta-feira, as vítimas reconheceram Gilmar como um dos autores dos roubos praticados na madrugada. “Concluímos o auto de reconhecimento e interrogamos o detido. Ele negou ter feito outros assaltos”, conta o delegado.

Dupla suspeita de mais crimes
DETIDO Gilmar da Silva Miranda se rendeu e confessou os assaltos cometidos na madrugada de ontem
A Polícia Civil não descarta a hipótese de que Gilmar da Silva Miranda e “Roni” (que morreu no confronto com a polícia) tenham praticado mais assaltos em Ponta Grossa e região, inclusive a postos de combustíveis. Somente uma rede de postos já foi assaltada nove vezes neste ano, como mostra reportagem publicada na edição de ontem do Diário dos Campos. “O Roni tem familiares em Ponta Grossa, ou seja, tem um elo com o município”, diz o delegado Maurício Souza da Luz. Por isso, as vítimas desses outros assaltos serão chamadas para tentar reconhecer o assaltante preso nesta quinta-feira. “Além disso, vamos buscar outras provas”, finaliza.
Outro taxista é roubado
Outro taxista foi assaltado na madrugada de ontem, em Ponta Grossa. Ele contou à Polícia Militar que um rapaz solicitou uma corrida até a Rua Enio Dona, Jardim Panorama, pouco antes das 4 horas. Ao chegar ao destino, o assaltante rendeu o taxista usando uma faca. O bandido roubou R$ 40 em dinheiro e fugiu.
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