quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Entidades vão tentar derrubar aumento de vereadores 2013


Os vereadores de Ponta Grossa, a 115 km de Curitiba, votaram e aprovaram o aumento de oito cadeiras na Câmara Municipal do município nesta segunda-feira (25). Na próxima eleição, serão 23 vereadores e não mais apenas 15.

A votação, que não estava na ordem do dia, foi aprovada em segunda discussão por 11 votos contra quatro. A maioria dos vereadores não alteraram a posição deles em relação a primeira votação, que foi há duas semanas. Apenas a vereadora Alina de Almedia Cesar, que disse ter se confundido com outro projeto, desta vez, votou a favor da proposta, diferentemente da primeira discussão.

“Votei pensando que era o projeto 01 da emenda da Lei Orgânica (...)”, afirmou a vereadora que não pode alterar o voto.

A estudante Lorena Abrami acompanhava à sessão e comentou a falta de atenção. “Deixa muito claro que nem mesmo os vereadores têm noção do que eles estão fazendo aqui”, afirmou.

Depois da sessão, o presidente da Câmara Municipal, Maurício da Silva, se reuniu com o Conselho de Entidades para discutir quanto vai custar aos cofres públicos os oito novos vereadores. De acordo com o Conselho, seriam R$ 1,8 milhão por ano. O presidente discordou e disse que pretende apresentar um novo cálculo no próximo encontro




O Conselho de Entidades inicia na próxima semana a coleta de assinaturas visando à apresentação de um projeto de iniciativa popular para reverter o aumento no número de vereadores a partir da próxima legislatura. Para que isso aconteça, é necessária a adesão de aproximadamente 10,5 mil eleitores.

A ideia do projeto de iniciativa popular foi aprovada em reunião do Conselho de Entidades realizada na noite de ontem. O objetivo principal é revogar a lei aprovada em abril deste ano, que elevou de 15 para 23 o número de vereadores a partir de 2013. Além disso, será proposto também que o orçamento da Câmara Municipal seja limitado em 2% da receita corrente do Município, ao invés dos 5% atuais.

Hoje pela manhã, representantes de diversos segmentos estiveram na Câmara Municipal, falando sobre a proposta ao presidente Maurício Silva (PSB). Ele disse que a iniciativa é legítima e assegurou seu trâmite normal caso o projeto venha a ser protocolado

ACIDENTE Um ônibus bateu em vários carros, na Rua Rio de Janeiro


ACIDENTE Um ônibus bateu em vários carros, na Rua Rio de Janeiro, e só parou após ser praticamente ‘fechado’ por outro veículo. Segundo o motorista, “foi um erro de cálculo”. O flagra é da equipe do DC.
26.082011 diario dos campos

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), João Carlos Gomes, é o mais novo reforço do PSDB



TUCANO João Carlos, Richa, Wosgrau e Plauto durante reunião em Curitiba, onde foi oficializada a filiação




O reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), João Carlos Gomes, é o mais novo reforço do PSDB para a disputa das eleições do ano que vem. A assinatura da ficha de filiação aconteceu no final da tarde de ontem em Curitiba, na presença do governador Beto Richa, presidente estadual do partido. Mais do que apenas fazer parte da legenda, João Carlos chega com a disposição de disputar a Prefeitura em 2012.

Segundo o reitor, o convite para se filiar ao PSDB partiu do prefeito Pedro Wosgrau Filho (PSDB), que acompanhou a reunião de ontem, juntamente com o deputado estadual Plauto Miró Guimarães (DEM). “Aceitei o convite para estar ao lado do prefeito Wosgrau e do governador Beto Richa, colocando meu nome à disposição para participar do processo eleitoral no ano que vem”, afirmou.

Nos últimos meses, o nome de João Carlos vinha ganhando corpo entre os possíveis candidatos à sucessão municipal no ano que vem. Por enquanto ele evita falar enfaticamente como pré-candidato, mas garante que a disposição de concorrer existe. “Meu nome seria mais um dentro do PSDB. O partido tem bons nomes e outras pessoas com boas condições de disputar a Prefeitura. Se for a vontade da executiva municipal e do grupo político, estarei à disposição”, assegura.

Apontado como um dos responsáveis pela ida do reitor ao PSDB, o prefeito Wosgrau, também presidente municipal da legenda, não poupa elogios ao novo correligionário. “O João sempre foi meu amigo, um companheiro, uma pessoa trabalhadora, que tem feito um belo trabalho à frente da universidade. É uma pessoa que vai somar muito para o nosso partido”, avaliou. Quanto à possibilidade de João Carlos ser o nome tucano para a Prefeitura, o prefeito desconversa. “Ainda é muito cedo para qualquer posicionamento. O importante é que ele está conosco, à disposição para futuras composições”.

João Carlos estava no PDT e, além do PSDB, tinha um convite para se filiar ao PMDB. Em seu terceiro mandato como reitor da UEPG, já participou de uma eleição, em 1994. Na oportunidade, ele concorreu a uma cadeira de deputado estadual e fez 10.637 votos. Com sua chegada, o PSDB ganha um nome em condições de concorrer à sucessão de Wosgrau. Até então, o deputado Plauto Miró Guimarães era apontado como o pré-candidato do grupo à Prefeitura

REGRAS Carros fortes não poderão parar em fila dupla



REGRAS Carros fortes não poderão parar em fila dupla




Um projeto de lei aprovado ontem na Câmara Municipal pretende solucionar, ou pelo menos amenizar os problemas provocados por carros de transportes de valores no trânsito de Ponta Grossa. A proposta, de autoria do vereador Júlio Küller (PPS), disciplina a parada desses veículos, proibindo-os de estacionar em fila dupla. Pelo projeto, deverão ser demarcados espaços para estacionamento em frente às agências bancárias e outros estabelecimentos comerciais.

De acordo com o projeto, fica proibida a parada de carros fortes em fila dupla nas vias públicas. Agências bancárias, shopping centers, supermercados e centros comerciais que não contarem com estacionamento próprio deverão demarcar área exclusiva para o carro forte. “É um projeto que corrige as injustiças cometidas por esses carros fortes. É uma prerrogativa particular que prejudica o contribuinte”, argumenta o autor da proposta.

Vereadores citaram alguns pontos críticos, como as ruas Balduíno Taques, Vicente Machado e Francisco Ribas, onde o tráfego é intenso durante os horários de pico. Uma das sugestões apontadas foi obrigar as agências bancárias a manter espaços internos específicos para a carga e descarga de valores. “A exigência de um estacionamento interno seria o ideal, garantindo também maior segurança na via pública”, observou Valfredo Laco Dzázio (PRP).

Inicialmente, a proposta estabelece que a exigência passará a valer em um prazo de 90 dias após a publicação da lei. No entanto, os parlamentares deverão estudar a redução desse prazo. “É uma questão emergencial. Teria de valer imediatamente após a aprovação da lei, senão a Autarquia Municipal de Trânsito vai receber pressão por parte dos bancos”, diz Pascoal Adura (PMDB).

VEREADOR (PSDB) lembrou que já existe uma lei de sua autoria, que exige a demarcação de vagas para carros fortes e portadores de deficiência em frente às agências bancárias. “Essa lei não é cumprida até hoje. Precisamos fazer com que o Executivo faça valer essa nova lei”, sustenta.

domingo, 14 de agosto de 2011

Carro bate de frente em ônibus no viaduto


Quatro militares do Exército ficaram feridos, dois em estado grave, em um acidente na noite de quinta-feira, em Ponta Grossa. Eles ocupavam um carro que bateu de frente num ônibus e, depois, em uma mureta de proteção. O acidente aconteceu sobre o Viaduto do Santa Paula e gerou um grande congestionamento nos dois sentidos.

Um dos passageiros ficou preso entre as ferragens e teve de ser retirado pelos bombeiros. Equipes do Siate e do Samu prestaram atendimento, ainda no local, ao motorista do Voyage, identificado como Lucas Ricardo Wortik Machado, e aos passageiros, Rodrigo Prybycz, 18 anos, André Luiz do Amaral, 19, e Rafael Igor Santos, 19. Lucas e Rafael sofreram fratura no fêmur.

Enéas Augusto Tullio, 40, motorista do ônibus, disse que o acidente foi resultado da imprudência do condutor do carro. O coletivo seguia no sentido centro-bairro e, por sorte, estava vazio. “Eu estava indo buscar alunos no Cara-cará. O carro ultrapassava o bitrem quando aconteceu o acidente. O veículo estava muito rápido, acredito que a uns 100 quilômetros por hora”, disse.

O motorista do caminhão, André Cunha, confirmou que o Voyage estava em alta velocidade. “Eu fiz o retorno e entrei na pista porque não vinha nenhum carro do sentido bairro. De repente, só vi um vulto passando e batendo no ônibus. Sorte que consegui frear e acabei não me envolvendo”, contou.

O Voyage ficou totalmente destruído. O carro, o ônibus e o bitrem permaneceram no local do acidente por mais de uma hora. A Polícia Militar foi acionada para controlar o trânsito e registrar o acidente. (E.S.)

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

CRIME Jonathan Trevisan Júnior, delegado da PF em Ponta Grossa, apontou ações desenvolvida

CRIME Jonathan Trevisan Júnior, delegado da PF em Ponta Grossa, apontou ações desenvolvida


Com pouco mais de um ano de funcionamento, a delegacia da Polícia Federal de Ponta Grossa espera pelo aumento de seu efetivo para poder aprimorar os trabalhos na região. A informação é do delegado responsável, Jonathan Trevisan Júnior, em documento encaminhado à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Segurança Pública. Jonathan era esperado para depor na tarde de ontem, mas, alegando motivos de operacionalidade, não pôde comparecer à Câmara Municipal.

A comissão havia encaminhado ao delegado uma lista com lista com sete questionamentos, relacionados à estrutura e atuação da PF na cidade. Apesar de não poder prestar depoimento, Jonathan entregou aos vereadores um documento contendo as informações solicitadas. Algumas perguntas não puderam ser respondidas, como àquelas sobre número de efetivo, armamento, viaturas, policiais e servidores administrativos. De acordo com ele, não cabe a divulgação pública desses dados.

“O que posso afirmar é que o efetivo é aquém do necessário para fazer frente a todas as atribuições de uma delegacia da Polícia Federal cuja circunscrição abrange, além de Ponta Grossa, outros 20 municípios dos Campos Gerais”, afirma Jonathan. Ainda assim, ele garante que a delegacia tem um efetivo melhor do que delegacias com mais tempo de atividade, como Cascavel e Guarapuava. “Estamos gestionando junto aos superiores hierárquicos o aumento do efetivo da unidade, o que porém ocorrerá somente ocorrerá após novo concurso e consequentes remoções”, informa.

Questionado sobre o combate ao tráfico de drogas, Jonathan relata que, por se tratar de uma delegacia em estruturação, não foram realizadas operações, apenas algumas ações e flagrantes. Além disso, a corporação tem atuado em questões como crimes eleitorais, de contrabando e descaminho, e contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Neste último caso, a atribuição é específica da Polícia Federal, não podendo ser delegada à Polícia Civil.

A CPI também perguntou ao delegado sobre a atuação nas chamadas “cracolândias”, concentrações de tráfico e consumo de crack. Na opinião de Jonathan, essas áreas são um problema maior de saúde pública que policial. “Em que pese ditas ‘cracolândias’ não serem objeto de atuação da Polícia Federal, entendo que a desarticulação das mesmas depende de programas sociais acessíveis para recuperação de usuários e urbanização e revitalizações de áreas, de forma a atrair a população, contando também com policiamento efetivo”, avalia. Apesar de responder aos questionamentos, o delegado ainda poderá ser chamado para falar à comissão.

Júri condena casal a 14 anos por morte de Enedina


O sócio da rede de Farmácias Monteiro, Quintino Monteiro, e a companheira dele, Juliana Barczc, foram condenados pela Justiça pelo assassinato de Enedina Monteiro, ex-esposa de Quintino e também sócia das drogarias. O julgamento no Fórum Estadual de Ponta Grossa começou na manhã de quarta-feira terminou ontem, no fim da tarde. O outro réu, Marcelo Aparecido de Carvalho, acabou absolvido pelos jurados.

A sentença foi lida pela juíza Alessandra Pimentel Munhoz do Amaral às 17h45. Quintino e Juliana foram condenados, cada um, à pena de 14 anos de reclusão em regime inicialmente fechado. O Conselho de Sentença entendeu que o casal cometeu o homicídio qualificado por motivo fútil e com a vítima de surpresa. Por outro lado, os jurados acreditaram que Marcelo não teve participação efetiva no crime.

O casal saiu algemado da sala do Tribunal do Júri e seguiu dentro do camburão da Polícia Militar para a Cadeia Pública Hildebrando de Souza, onde está preso já desde novembro do ano passado. Com a conclusão da sentença, eles deverão cumprir a pena por pelo menos cinco anos. Três testemunhas de defesa se contradisseram e também receberam voz de prisão pelo crime de falso testemunho. Este delito será investigado pela Polícia Civil.

O advogado de Quintino e Juliana, Edson Stadler, disse que vai entrar com recurso de apelação, pedindo a anulação do julgamento. “Houve manifestação do Ministério Público e do assistente de acusação em disposições que a lei não permite”, afirmou. “Os jurados não tiveram a nítida impressão dos fatos devido às interferências”, completou Stadler.

Por outro lado, o assistente de acusação – advogado contratado pela família de Enedina –, Cláudio César Alves da Costa, considerou o resultado “excelente”. “Acredito que os réus foram julgados dentro das provas. A pena foi pouca, mas eles são réus primários”, comentou. Mesmo com a absolvição de Marcelo, Cláudio considerou justa a sentença. “Nós pedimos a condenação dele mas com menor importância”.

O advogado da família destacou que, durante o julgamento, a defesa do casal teria tentado “mudar o rumo das provas, trazendo um fato novo, o de que outra pessoa teria sido a mandante do crime”. De acordo com Cláudio, ficou provado que Juliana atirou contra a vítima de dentro do carro e que Quintino deu fuga.

Parentes e amigos de Enedina também gostaram da sentença. “Ficamos satisfeitos com o resultado que obtivemos, principalmente porque tivemos uma resposta da Justiça, mas, infelizmente, nada vai trazê-la de volta”, disse Nair Monteiro, irmã da professora.

Para os advogados de Marcelo, o resultado foi melhor do que o esperado, pois ele acabou absolvido. “A Justiça foi feita, pois ele não participou do crime, foi, sim, induzido a ir ao local, não pôde impedir e ainda foi obrigado a ficar quieto”, afirmou Wilson Ribeiro Junior, que atuou na defesa junto com Fernando Madureira. “O Marcelo foi peça fundamental para desvendar os autores do assassinato”, concluiu.

O crime

Enedina era ex-esposa de Quintino e sócia dele em uma rede de farmácias. Ela foi morta com três tiros, em julho do ano passado, quando chegava em casa, no Bairro Oficinas. Quintino e Juliana contrataram Marcelo e outro homem para executar a professora. Esta outra pessoa titubeou, mas os três foram ao local. Juliana pegou o revólver da mão de Marcelo e efetuou os disparos. Quintino ajudou na fuga.

Enedina foi morta porque movia uma separação litigiosa contra o empresário. Juliana e Quintino, no entanto, não queriam a divisão do patrimônio.