segunda-feira, 31 de maio de 2010

ARQUIVO do JOHNNY divulgou com exclusividade na edição do dia 18 de março 2010



O vereador Doutor Pascoal Adura radicalizou ao defender o fim München Fest. Adura criticou os gastos da Prefeitura com a festa

4.500 ingressos foram distribuídos gratuitamente para as autoridades, vereadores e funcionários da Prefeitura na última edição da festa

A distribuição pelo governo municipal de ingressos de cortesias na München Fest para as autoridades locais foi o tema que dominou os debates da sessão de ontem da Câmara Municipal. Os vereadores aprovaram o parecer contrário da Comissão de Legislação, Justiça e Redação (CLJR), ao projeto de lei de autoria do vereador Edilson Fogaça (PTN), autorizando a Prefeitura Municipal a doar as cortesias para entidades filantrópicas. A CLJR atestou, com base em uma consulta realizada junto ao Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM), que a proposta deveria partir do prefeito municipal. “O Legislativo não pode impor obrigações ao Executivo para o desempenho das suas funções típicas”, diz o parecer que teve como relator o vereador Sebastião Mainardes Júnior (DEM).
Conforme o _blog do JOHNNY divulgou com exclusividade na edição do dia 18 de março de 2010, 4.500 ingressos foram distribuídos gratuitamente para as autoridades, vereadores e funcionários da Prefeitura na última edição da festa, realizada no final do ano passado.
Somente o autor do projeto, vereador Fogaça e o vereador Alysson Zampieri (PPS), votaram contra o parecer. Fogaça criticou a falta de controle e fiscalização da distribuição dos ingressos. “Estes ingressos são repassados indevidamente para as autoridades que possuem alto poder aquisitivo e não tem a necessidade de recebê-los gratuitamente. A minha proposta é o repasse para as entidades filantrópicas para que possam repassar estes ingressos às pessoas de baixo poder aquisitivo dos bairros da cidade. É uma cota social”, defendeu o vereador.
Os vereadores Mainardes e Valter de Souza – “Valtão” (DEM) defenderam o parecer da CLJR. Mainardes sugeriu que os vereadores assinassem um ofício ao prefeito recusando os ingressos que são enviados para a Câmara Municipal. “Tem gente que recebeu os ingressos, foi pedir mais e agora discursa outra coisa”, criticou o vereador Mainardes, sem citar nomes.
A vereadora Alina de Almeida César (PMDB) lembrou que no ano passado cada vereador recebeu 20 ingressos por dia para a festa. “Isso acaba em confusão, porque tem muita gente que vai pedir ingressos e acaba faltando. Eu liguei para a secretária Liliana [chefe de gabinete] pedindo mais ingressos. No passado teve caso de gente que foi flagrado vendendo estes ingressos”, relatou a vereadora.
O vereador Maurício Silva (PSB), presidente da CLJR, também defendeu maior controle e fiscalização da distribuição dos ingressos.

FIM DA MÜNCHEN – Já o vereador Doutor Pascoal Adura (PMDB) radicalizou, defendendo o fim da festa. “É uma festa que só deu prejuízo, promove o consumo excessivo de álcool e a marginalidade”, disse Adura.
Com a prestação de contas da 20ª München Fest em mãos, reunida em três cadernos, Pascoal criticou gastos como o de R$ 700 mil para a realização dos shows das oito noites de festa, que variam de R$ 120 mil (Hugo Pena e Gabriel) a R$ 32 mil (Chimarruts). O absurdo ficou por conta do valor pago a banda “Calcinha Preta”, um dos menores públicos da festa e o segundo show mais caro. A Prefeitura pagou R$ 110 mil pela apresentação da banda na festa.
O vereador George Luiz de Oliveira (PMN) questionou os colegas: “Qual vereador recusou os ingressos nos anos anteriores? Eu nunca recusei”. George disse não possuir uma posição definida sobre o assunto.

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